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Ser uma nova pessoa sob o prisma de Deus é impossível se valendo apenas de luvas e com esforço braçal. Fazer o contrário é o que a Escritura chama de "viver sob a Lei": reduzir a vida às regras nuas; tentar remodelar-se à vontade de Deus fazendo "das tripas coração", lutando, dando seus "cruzados, diretos, jab's" em si mesmo para atingir o "isso pode", "aquilo não pode". Isso não funciona e faz de nós pessoas frustradas com Deus. A diferença entre seguir a Jesus e a moral crua é que na moral necessitamos de braços, enquanto no discipulado precisamos de energias nas pernas, energias que venham do poder de quem ressuscitou, energia, força e disposição em servir, caminhar e ir além.
É impossível ser alguém novo, bem reajustado em tudo o que se pode imaginar sendo um boxeador, que faz uso principalmente da força do seus braços. A não ser que deixemos Deus nos invadir com seu espírito, sendo nós alvos fáceis de sua graça (Esse, e apenas esse, é o único fluxo de renovação).
O que sonhamos ser concretiza-se à medida que nos rendemo-nos, entregamo-nos, fazemo-nos sacrificáveis em joelhos e canelas diante do Soberano. O meio, o "como" Deus nos transforma é singular: através do calejamento de nossas pernas entregues ao sacrifício diário de rogar a graça – a única capaz de embelezar o trágico homem/mulher que somos, quando a energia de Deus passa a percorrer nossas veias e nos refaz.
Este poder de ser nova gente nos encontra quando sacrificamos nossos braços e caímos em oração para que o poder da ressurreição de Cristo nos atropele e, nos matando, também nos devolva à vida.
Este resgate de uma vida ressuscitada é muito mais semelhante a um lutador de Muay Thai - a arte marcial considerada a mais completa de todas - do que um boxeador, pois meus braços só me ajudam a partir do momento em que meus joelhos e canelas estiverem sacrificados ao calejar da graça.
Ou seja, o segredo é treinar mais as pernas que os braços. Em outras palavras, mais depedência de Deus prostrando-se diante Dele do que usando suas próprias forças no seu ativismo e achismo de que pode algo!
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