Os 3 Crivos


Conta a história que, muitos anos atrás, foi construído e muito bem equipado um hospital missionário em determinada região carente de Deus e de bens materiais. Embora houvesse muitos doentes naquele lugar, nenhum deles aparecia para submeter-se a qualquer cuidado médico. O problema é que os inimigos do evangelho tinham espalhado a notícia de que os doentes que entrassem ali não sairiam com vida.

Certa manhã um dos médicos viu um cachorrinho com uma perna quebrada e o levou ao hospital para ser socorrido. Internado, o cãozinho foi bem tratado e tudo correu bem, pois logo ficou completamente curado.

A notícia logo se espalhou e aqueles que antes tinham deixado influenciar-se pelos boatos caluniosos começaram a pensar: “Ora, um médico que foi tão bom apenas cuidando da saúde de um animal, não o será também para conosco?”.

Não demorou muito e os doentes começaram a aparecer para serem tratados. O melhor de tudo, porém, é que quando saíam só falavam bem do hospital, assim como dos médicos, das enfermeiras e de toda equipe. E assim levavam uma semente do evangelho, o que ainda é mais importante do que a saúde.

Com essa pequena história espero que possamos aprender que, antes de dar alguma notícia a respeito de alguém ou de alguma coisa, veja primeiro se o ocorrido passa por estes três crivos:


1. Você tem certeza de que os fatos são verdadeiros?
2. Ainda que o sejam, será uma benção contá-los?
3. Além do mais, é necessário que sejam divulgados?

Caso não passe por essas três provas, nenhum comentário a respeito de alguém ou de alguma coisa jamais deverá ser feito por qualquer filho de Deus, a menos que ele queira cair na condenação do diabo, o pai da mentira, da calúnia e das difamações. E lembre-se de que o crente difamador é um servo de Deus a serviço do diabo. Não é sem motivo que a Escritura os condena severamente:

"... O difamador separa os maiores amigos". Pv 16.28.
"Irmãos, não faleis mal uns dos outros...". 1Pe 3.10, 11.
"Quem, Senhor, habitará no teu tabernáculo? O que não difama com
 sua língua, não faz mal ao próximo, nem lança injúria contra o seu vizinho..." Sl 15.1-3


Somos responsáveis não apenas por nossos atos, mas também por nossas palavras. Parece evidente, mas o fato é que nem sempre damos a devida atenção ao que parece óbvio. Envolver-se em fofocas, repassar informações sem conferí-las e dar corda a boatos é uma tentação a qual todos estamos expostos. O problema é que não há nada de inocente nisso e é pecado – sem falar que é assim que comprometemos a reputação dos outros e também a nossa.
 História original: 
"Um dia, quando Sócrates, o filósofo, conversava com seus discípulos em Atenas, um homem aproximou-se e, puxando-o pelo braço, lhe disse: - Precisamos conversar em   particular. Tenho uma coisa urgente para lhe contar. Sócrates respondeu: - Espere um pouco. Você já passou isso que vai me dizer pelos três crivos? - Como assim? Que crivos? – Espantou-se o homem. - O primeiro é o crivo da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é verdade? - Certeza não tenho, mas muita gente está falando, então... - Bem, se não passou pelo crivo da verdade, deve ter passado pelo da bondade. O que você está prestes a me dizer é algo bom, não? O homem hesitou. - Bom não é. Muito pelo contrário. - Se talvez não seja verdade, e com certeza não é bom, resta o terceiro crivo. Há alguma utilidade no que você quer me contar? O homem pensou um pouco. - Não sei bem, acho que não... - Neste caso, se sua história não é verdadeira, nem boa, nem útil, não perca seu tempo contando-a, pois nenhum proveito pode-se tirar dela -, disse o filósofo, encerrando a conversa."
para  pensar: "a fofoca é a rádio do diabo..."

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