Informação x Formação

Vivemos em uma época que as pessoas têm uma enorme dificuldade de lidar com o tempo. Hoje, os serviços prestados que mais crescem são aqueles que atendem de imediato às necessidades dos indivíduos.

A sociedade tornou-se imediatista, passa o tempo lutando contra o tempo, quer para ontem e consegue esperar somente até hoje.

Essa cultura pós-moderna gerou sujeitos que não querem ter que esperar, e, infelizmente, isso acontece também quando o assunto é conhecimento.

O Google oferece uma resposta rápida a todas as perguntas pesquisadas e isso não gera mais formadores de opinião, mas sim “transmissores de opinião”.

Perguntas como “Quem é Jesus de Nazaré?” já receberam aproximadamente 1.130.000 consultas no Google. Isso é preocupante, pois as informações do Google são de fontes diferentes, algumas boas, porém, outras ruins e capazes de produzir incredulidade. Para um site espírita, por exemplo, Jesus é um espírito evoluído; já para um site budista, Jesus é o iluminado. Ou seja, há muitas informações por aí que contradizem a palavra de Deus.

A melhor forma de buscar resposta para uma pergunta como essa é examinando as escrituras. Fora da Bíblia não existe resposta suficiente para responder quem é Jesus de Nazaré.

Assim como nós fazemos hoje tantas perguntas, Jesus também fazia!

A primeira pergunta feita por Jesus foi dirigida aos seus pais carnais, quando sua mãe lhe disse: “Filho, por que você fez isto?”.

Ele então responde fazendo duas perguntas: “Por que vocês estavam me procurando?”; “Não sabiam que eu devia estar na casa de meu Pai?”.

Os evangelhos também registram a última pergunta feita por Jesus, a qual foi feita antes de sua morte. Essa foi dirigida ao seu Pai soberano “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?”.

Jesus foi referido por alguns comentaristas do Evangelho de Marcos, como “o grande interrogador”, aquele que faz perguntas.

A didática de Jesus em seus ensinamentos apresenta uma das ferramentas mais importantes para o ensino, que é a arte de fazer perguntas.

Esse método também é conhecido como Socrático, uma prática muito famosa exercida pelo filósofo Sócrates, que consiste em gerar idéias complexas a partir de perguntas simples, fazendo com que o ouvinte chegue por seu próprio raciocínio ao conhecimento ou à solução de sua dúvida.

Uma forma de explorar a mente humana é questionando-a. As perguntas confrontam o pré-conhecimento e ajuda as pessoas a chegarem às suas próprias conclusões, gerando assim mentes pensantes.

Jesus nos quatro evangelhos recebeu aproximadamente 183 consultas (perguntas). Se todas essas perguntas fossem feita ao Google, todas teriam uma resposta rápida, porém nenhuma delas teriam respostas profundas. Das 183 perguntas feitas a Jesus, apenas 3 Ele respondeu diretamente (igual ao Google). As demais respondeu com parábola, silêncio e muitas outras vezes com outra pergunta.

Jesus não queria dar respostas rápidas como o Google. Ele  queria que a pessoa pensasse pelo menos no que está perguntando (o que não acontece no Google). Ele queria também que a pessoa se dedicasse e trabalhasse na construção de sua própria resposta.

Nós não devemos buscar apenas uma informação superficial, pois calam nossas dúvidas de forma muito rápida. Precisamos de formação. A informação - Google - nos satisfaz, porém a formação nos capacita!
A. Correa

1 comentários:

Pr. Davi e Patrícia Fenner disse...

Paz Fabrício! Parabéns pelas mensagens do blog; siga firme neste propósito. Deus te abençoe!

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